Distribuidora Cone Sul em Pimenta Bueno é um exemplo de empresa que acompanha avanços tecnológicos e registra grandes conquistas

Terceira maior revendedora da Ambev em volume, a Cone Sul gera quase 500 empregos e no início do próximo semestre inaugura a sua terceira filial em Rondônia

Com a sua matriz sediada no município de Pimenta Bueno desde 20 de junho de 1992 e com filiais já estabelecidas em Ji-Paraná e Ariquemes desde o início deste ano, a Distribuidora de Bebidas Ambev Cone Sul continua buscando a sua expansão no estado de Rondônia e se prepara para a inauguração de mais uma filial, ainda este ano, e desta vez em Vilhena.

A previsão é que a partir do 1º dia de julho, a cidade conhecida por ser o Portal da Amazônia passará a contar com uma estrutura própria, dando ainda mais celeridade às ações da empresa, pioneira no estado e única revenda da Ambev no interior de Rondônia.

Hoje, a Cone Sul é a responsável pela distribuição das bebidas da maior cervejaria do Brasil, responsável por marcas como Antarctica, Brahma, Skol e Stella Artois, para a grande maioria dos municípios rondonienses. De Ariquemes à Vilhena, toda a distribuição é feita pela Cone Sul, que atualmente emprega mais de 470 funcionários.

O diretor administrativo Neri Negri debate sobre uma nova plataforma online junto ao diretor de logística Flávio Camelo e o assessor jurídico Alexandre de Oliveira Negri

Para dar conta do recado, a revendedora conta com uma frota própria de 65 caminhões apenas para fazer a distribuição dentro do estado de Rondônia. Deste total, 80% são caminhões do tipo baús, o que agiliza ainda mais o transporte. Além disso, para buscar os produtos nas fábricas da Ambev localizadas em Uberlândia (MG), Anápolis (GO) e Cuiabá (MT), a empresa rondoniense conta com mais 20 caminhões de uma frota própria e outros 40 terceirizados.

A operação para a distribuição de bebidas é gigantesca, mas cada vez mais organizada e informatizada, otimiza o tempo, o custo e torna ainda mais dinâmico todo o processo. Para chegar ao nível em que está hoje, a Distribuidora Cone Sul não pôde ficar parada no tempo e continuar a fazer a distribuição como a primeira geração das famílias Stocco e Negri.

“Os nossos tios, Nelson e Setembrino Stocco, começaram enchendo o caminhãozinho de bebidas, amarrando tudo com corda e iam de lugar em lugar fazendo a distribuição. Ao longo do caminho, iam vendendo conforme os clientes iam pedindo e comprando”, lembra Neri Negri, diretor administrativo da Cone Sul.

Agora, essa realidade parece cada vez mais distante e quase inimaginável para os mais jovens. “Hoje um dos maiores avanços tecnológicos nosso se chama, Bees. Um sistema onde o cliente compra direto da plataforma da Ambev, a exemplo do que você compra hoje da Amazon, das Casas Bahia, por exemplo. Então hoje nós não temos mais vendedores, para você ter uma ideia, o próprio cliente é quem faz a compra direta. E isso é tecnologia”, enfatiza Neri.

A distribuidora conta com uma frota com 125 caminhões para atender aproximadamente 6 mil clientes no interior de Rondônia

Com esse avanço, hoje para preparar um caminhão para as entregas dos produtos, os carregadores da Cone Sul sabem exatamente o que e quanto cada cliente necessita. As montagens dos pallets seguem toda uma organização e cronologia para atender, de forma ágil e satisfatória, todos os seis mil clientes da empresa, aproximadamente.

Isso porque, a tecnologia e a inovação permitiram à distribuidora informatizar todas as etapas da sua operação. Além do sistema de compras Bees, a Cone Sul conta com um sistema específico de carregamento, o WNS, um sistema de roteirização dos pedidos, o Road Show, um sistema de contagem de estoque, o Conect Bolt, um sistema de entrega, o Bees Delivery e um sistema de faturamento automático. Esses, apenas para citar como exemplo, ainda há mais!

Além disso, é possível acompanhar em um mapa online por onde circula cada caminhão da frota da empresa, quanto tempo cada veículo leva em uma entrega, ou para buscar uma carga nas fábricas da Ambev. Um controle que otimiza ainda mais o trabalho da central de distribuição.

A tecnologia e a inovação são aliadas essenciais da 3ª maior revendedora da Ambev no Brasil

“Falando em tecnologia, nós trabalhamos com nosso sistema todo em nuvem. A Ambev conta com um satélite próprio, onde nós armazenamos todo o nosso sistema. Então se a gente não tivesse acompanhado o avanço das tecnologias, seria impossível hoje, por exemplo, a gente ter essas filiais, por conta do custo. Imagina nós termos que implantar nas filiais, uma estrutura parecida com a que temos aqui em Pimenta Bueno. Não seria viável. Hoje nós temos uma folha de pagamento que, com encargos, passa dos três milhões de reais, por mês. Imagina uma estrutura parecida em cada filial”, frisa Neri Negri.

Outro avanço tecnológico essencial citado pelo diretor-administrativo da Distribuidora Cone Sul foi quanto à forma de pagamento. A empresa praticamente não recebe mais em dinheiro ou cheque. “Hoje o pagamento é feito 15% por PIX e 85% por boleto, e isso também reduziu muitos custos pra gente. Antes pagavam em dinheiro vivo ou cheque e isso exigia que nossos caminhões tivessem cofres para evitar os assaltos. Todos os caminhões tinham cofre e mesmo assim os motoristas ainda corriam o risco”, salienta.

Outra situação facilitada com a implantação do pagamento online, é a rapidez em toda a operação. “Geralmente, os motoristas levavam mais de uma hora para fazer o caixa. Era uma grande burocracia, o motorista chegava aqui, tinha que pegar a chave do cofre, o rapaz da tesouraria ia junto para abrir o cofre, era preciso contar todo o dinheiro, enfim. Para você ter uma ideia, antes nós tínhamos sete maquininhas aqui na empresa só para contar o dinheiro e já hoje é tudo digital, praticamente na hora. O cliente fez o pagamento e já é contabilizado. Se não fosse assim, a gente ia ter que ter um caixa em cada filial, um cofre, uma equipe financeira completa”, relata.

A Cone Sul conta com sistemas específicos de carregamento, de roteirização dos pedidos, de contagem de estoque, de entregas, de faturamento automático e ainda há mais!

A expansão das filiais foi possível, conforme ressalta Neri, justamente devido a possibilidade de centralizar em Pimenta Bueno, grande parte das operações, especialmente a gestão administrativa e financeira.

“Implantamos duas filiais esse ano, que chamamos de Centros de Distribuição Remota e estamos prestes a inaugurar a terceira. Isso graças à tecnologia, que possibilita que nessas filiais, só funcionem a parte operacional e logística. Toda a parte financeira, administrativa, de recursos humanos, nossa central de informática, os profissionais de Tecnologia da Informação, tudo é centralizado em Pimenta Bueno e isso gera muita economia para a empresa, muita economia mesmo”, reforça o diretor administrativo.

O Boom na pandemia

E o mais interessante nesse processo de inovação tecnológica dentro da Distribuidora Cone Sul é o período em que ele foi mais notável e necessário. Contrariando muitas expectativas, durante a pandemia, quando bares, restaurantes, shows e festas precisaram ser cancelados, foi quando a venda de bebidas mais disparou.

“A gente teve um boom na pandemia! Saltamos de 35 mil hectolitros para 70 mil hectolitros de distribuição em Rondônia”, conta Flávio Camelo, diretor de logística da Cone Sul.

Nelmar Negri é o diretor comercial da empresa

Para se ter uma ideia, no âmbito das distribuidoras de bebidas, a contabilização dos produtos é feita pelo volume de líquido (hectolitro), onde cada hectolitro corresponde a 100 litros. Ou seja, em plena pandemia, a Cone Sul saltou de 3 milhões e meio de litros vendidos, para 7 milhões.

“Foi nesse período que buscamos investir ainda mais em tecnologia, para otimizar as operações e conseguir atender toda a demanda, que duplicou. Hoje estamos organizados de tal forma que, uma carga que chega das fabricantes, não precisa ficar nem um dia parada em nosso estoque. Foi a tecnologia também que possibilitou a abertura das filiais em Ariquemes e Ji-Paraná e a partir de julho em Vilhena, e ainda de um ponto de apoio na Zona da Mata, em São Miguel do Guaporé”, conclui o diretor de logística da Distribuidora Cone Sul.

Mão de obra
A empresa investe na qualificação profissional da sua equipe

Claro que o avanço da tecnologia em uma empresa do porte da Cone Sul pode enfrentar alguns percalços e, entre eles, estão a mão de obra qualificada. Apesar da tecnologia estar presente em tudo, muitos ainda encontram dificuldades em fazer dela um aliado profissional.

“Por estarmos tão conectados, informatizados, isso faz com que a nossa empresa, quando vai contratar, exija mais do conhecimento em informática e tecnologia, como um Excell avançado. E às vezes, diante da falta dessa mão de obra mais técnica, nós mesmos oferecemos a qualificação dentro da própria empresa. Muitos colaboradores chegam despreparados e nós investimos em cursos, capacitações, qualificação, enfim, na profissionalização”, evidencia Neri Negri, que ainda completa:

“Hoje o brasileiro se preocupa em buscar uma formação superior, mas depois infelizmente não encontra lugar no mercado de trabalho na sua área de formação. Hoje nós temos na empresa profissionais de todas as áreas, como advogados, engenheiros, farmacêuticos, bioquímicos, que não estão exercendo a profissão, mas que aproveitam a oportunidade, se profissionalizaram, e agora somam junto à Cone Sul”.

Fernando Stocco já faz parte da 3ª geração da família na Distribuidora Cone Sul

Além de acompanhar toda a evolução tecnológica, a única distribuidora da Ambev no interior de Rondônia faz questão de manter um ambiente de trabalho bastante receptivo e inclusivo. Empresa familiar, já são três gerações dedicadas ao sucesso da Cone Sul, dividindo as tarefas e responsabilidades, mas sempre comemorando juntos todas as etapas superadas e conquistas alcançadas.

(Texto e fotos: Giliane Perin / Tribuna Popular)